A prefeitura de Cambé, por meio da Secretaria Municipal de Educação tem realizado um trabalho de extrema relevância, tendo em vista o direito ao acesso e permanência de nossas crianças na escola em tempos de pandemia.
Não temos como negar, a pandemia trouxe consigo diversos prejuízos na vida das pessoas e, com a área educacional não foi diferente. O cenário atual, causado pela situação pandêmica da Covid-19, trouxe consigo dentre tantas outras demandas, o desafio de manter a rotina escolar, num ambiente físico que não é a escola, dentro das mais diversas realidades que nossas crianças vivenciam, sendo elas: de ordem econômica, social, emocional, intelectual, dentre outras.
No ano de 2020, diversas intervenções visando a não infrequência escolar e consequentemente, o abandono, foram realizadas. Algumas destas intervenções ocorreram de forma isolada e com sucesso, outras demandaram um pouco mais de esforço, envolvendo outros agentes, num momento onde o acesso e contato físico estavam limitados e, em outros, proibidos, fazendo com que algumas destas intervenções não obtivessem todo êxito costumeiro.
Diante do quadro apresentado acima e, constatando-se que as situações devido a Pandemia Covid-19 não se alteraram no ano de 2021, fez-se necessário a delimitação e pactuação de ações entre os mais diversos atores envolvidos no processo de ensino aprendizagem, tendo em vista garantir o acesso a formação escolar das crianças e adolescentes matriculadas na rede municipal de ensino.
Com o objetivo bastante delimitado, o Caderno de Orientações do Programa de Combate ao Abandono Escolar no Paraná (CAMBÉ, 2015) foi revisitado e, algumas adaptações foram realizadas na busca de atingir e otimizar o trabalho das escolas e dos centros municipais de educação infantil num movimento de busca ativa dos alunos, alinhando cada vez mais o acompanhamento pela rede de proteção, com vistas a efetiva implementação da política local.
As abordagens com os pais e/ou responsáveis de nossas crianças foram realizadas utilizando-se das mais diversas estratégias, sendo elas por meio de: ligações telefônicas, mensagem por SMS, mensagens por aplicativo WhatsApp, envio de correspondências, entrega de convocação de comparecimento por um agente educacional, através de parentes, amigos ou vizinhos.
Entretanto, foram constatados situações onde havia a necessidade de lançar mão de visitas domiciliares. Estas foram realizadas pelo profissional da área de Serviço Social alocado na secretaria e/ou pelos diretores e coordenadores das unidades escolares.
Esta última modalidade de intervenção acabou por representar um avanço nas tentativas de interrupção das faltas injustificadas e, consequentemente no processo de evasão escolar que estava instalando-se.
A escola na residência. Momento de estreitamento de laços, de estabelecimento de vínculos, de parcerias mas, acima de tudo, de acesso da criança à educação em meio a tantas realidades que o momento pandêmico lhes apresentou.