Pedro Tkotz, filho de Franz e Martha Tkotz, nasceu em 29 de junho de 1887, na cidade de Koenigshuette – Alta Silésia – Alemanha e faleceu em 13 de fevereiro de 1970, em Cambé-Paraná-Brasil. Era casado com Martha Dubiel Tkotz, nascida em 25 de maio de 1895, também em Koenigshuette – Alemanha, falecida em 04 de julho de 1980, em Cambé – Paraná – Brasil.
Em primeiras núpcias Pedro Tkotz foi casado com Hedwig Dubiel, (irmã de Martha), que faleceu após dar vida a quatro filhos, como segue:
• Eleonore Maria, nascida em 24 de março de 1909 em Koenigshuette e falecida em Londrina – Paraná;
• Alice Theodora, nascida em 11 de novembro de 1910 em Laurahuette e falecida em 08 de abril de 1994, em Londrina – Paraná;
• Rita Angelika, nascida em 06 de junho de 1912 em Koenigshuette e falecida em Petrópolis – Rio de Janeiro;
• Werner Rudolph, nascido em 17 de abril de 1914, falecido também em Petrópolis.
Após o falecimento de sua primeira esposa, Pedro casou-se com Martha, em 1917. Desta união nasceram Ronald Tkotz, em 24 de maio de 1918 e Brigitte, em 24 de abril de 1920, ambos na cidade de Danzig.
O jovem Pedro Tkotz, em 1908 conseguiu a representação de uma indústria francesa de artefatos de borracha, que teve sua sede na cidade de Danzig. Esta cidade na época já era considerada um grande centro europeu de renome e progresso, possuindo famosa universidade de tecnologia. Vieram as mudanças políticas e Pedro Tkotz foi obrigado a participar da 1ª guerra mundial, de 1914-1918, lutando na Rússia e na Itália. Após voltar para casa iniciou suas atividades com uma loja de bicicletas, armas de caça, vitrolas, etc. Em 10 de março de 1926 conseguiu seu diploma de “Mestre em Mecânica de Bicicletas”, o que o autorizou a abrir uma pequena fábrica de peças para bicicletas, como eixos de rodas, guidões, etc. No entanto, o caos político e econômico reinante levou sua indústria à beira da falência e sua loja enfrentava problemas que tornaram a situação insuportável. Foi aí que surgiu a ideia de liquidar tudo e emigrar para o Brasil, baseado em anúncio de jornal local sugerindo uma nova vida em “ Nova Danzig”.
Foram comprados 10 alqueires de terra na Gleba São Domingos. A grande mudança continha, além de tudo o que uma família pode precisar para sobreviver no meio da mata, um verdadeiro arsenal de armas de caça com a respectiva munição, diversas bicicletas, vitrolas, máquinas de costura manuais, ferramentas e até motocicletas. Pedro Tkotz saiu com sua família de uma cidade altamente desenvolvida, onde já havia telefone DDD, escadas rolantes, gás encanado e um dos mais cobiçados centros de compras da Europa.
Depois de algum tempo rodeado pela mata virgem, Pedro Tkotz chegou à conclusão de que a família não tinha os pré-requisitos para permanecer na lavoura. Decidiu, então, mudar para a vila onde, com seu filho Ronald, montou uma oficina mecânica. Consertava panelas, enxadas, armas, vitrolas de corda, ferramentas e até os primeiros veículos de transporte. Como o terreno era grande também foi construída uma residência de madeira, muito bem elaborada que muitos anos mais tarde foi transferida para o “Parque Histórico Nova Danzig”, como símbolo de uma época.
Por volta de 1945, Pedro Tkotz construiu uma loja de alvenaria no centro da cidade de Nova Danzig que durante a 2ª guerra mundial havia sido rebatizada com o nome de Cambé. Esta loja de acessórios para carros e caminhões permaneceu durante, aproximadamente, 20 anos com sua atividade comercial.
Pedro Tkotz nunca mais voltou à sua terra natal e sempre se referiu com enorme gratidão ao país, à mata e à cidade que o recebeu de braços abertos.